ENFRENTANDO A LGBTFOBIA: IMPLICAÇÕES PARA A FORMAÇÃO E A ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE PSICOLOGIA | Autor: Ematuir Teles de Sousa – Coautores(as): Fernando Silva Teixeira-Filho, Céu Silva Cavalcanti, Alexandre Nabor Mathias França

Data: 15/11/2018 a 16/11/2018
Hora: 08:00 às 10:00
Sala: 701

Autor: Ematuir Teles de Sousa
Co-autor 01: Fernando Silva Teixeira-Filho
Co-autora 02: Céu Silva Cavalcanti
Co-autor 03: Alexandre Nabor Mathias França

Conteúdo:
Desde a publicação da Resolução CFP nº 001/1999 ? que estabelece normas de atuação para psicólogas(os) acerca das questões relacionadas à orientação sexual, profissionais da psicologia devem contribuir para reflexões que proponham a superação de preconceitos e processos discriminatórios, estigmatizantes, excludentes e patologizantes que afetam pessoas que vivenciam sexualidades não-heterossexuais. Do mesmo modo, com a recém aprovada Resolução CFP 01/2018, a psicologia brasileira marcou posição contrária a patologização das experiências de pessoas travestis e transexuais, bem como implicou o exercício profissional nos enfrentamentos aos processos de violência, discriminação e preconceito vivenciadas por esta população. Desse modo, o Conselho Federal de Psicologia tem se mantido atento às demandas da psicologia em ratificar o lugar de prescrição, normatização e normalização das experiências que envolvem a população de LGBTs, buscando problematizar e atuar contrário às perspectivas diversas que insistem em incluir as orientações sexuais e identidades/expressões de gênero no campo da anormalidade, desvio ou perversão. Experiências neste campo de atuação podem ser comprovadas com as inúmeras publicações científicas nacionais e internacionais que descrevem os efeitos deletérios da internalização dos processos LGBTfóbicos em pessoas que vivenciam a dissidência aos padrões heteronormativos de gênero e sexualidade. Também é importante apresentar as experiências clínicas focadas na desconstrução dos processos LGBTfóbicos e suas implicações positivas para a saúde mental, fato pouco discutido nos cursos de formação em psicologia. Além disso, na direção da garantia de Direitos Humanos fundamentais, têm se mantido sensível à realidade do Brasil no que se refere aos processos de sofrimento, de violência, de discriminação, de exclusão, de extermínio, vivenciadas por esta parcela da população, compreendendo estes processos como efeitos das imposições cisheteronormativas em nossa sociedade. Entretanto, temos acompanhado diferentes posicionamentos contrários à dignidade e respeito da livre expressão da orientação sexual e expressões de gênero, que recaem por sua vez, em tentativas de desmobilizar as ações da psicologia que buscam ampliar os direitos da população LGBT, como as referidas resoluções do CFP 01/1999 e 01/2018. Nesse sentido, a proposta desta atividade é problematizar este projeto de sociedade excludente e seus efeitos para a vida da população LGBT, bem como demarcar o compromisso ético-político da psicologia frente às situações de violência, discriminação vivenciadas por esta população. Para tanto, pretendemos abordar os seguintes tópicos: 1- As relações entre psicologia, gênero e sexualidade; 2 – Direitos Humanos e proteção às minorias de direitos; 3 – Reflexões sobre a categoria profissional a partir das resoluções do Conselho Federal de Psicologia; 4 – Atuações de enfrentamento à LGBTfobia na prática clínica.

Eixo: A psicologia e a superação das desigualdades no acesso e qualidade da formação em psicologia

Processo: Processos Formativos de Psicólogos (formação de psicólogos em nível de graduação, pós-graduação, especialização)

Área: Formação em Psicologia

Entidade: CFP – Conselho Federal de Psicologia